2025 acabou de começar e ainda estou processando tudo o que ocorreu no ano passado. Foi um ano bastante intenso tanto pessoalmente como profissionalmente. Várias coisas boas aconteceram. Dentre elas, recebemos um generoso financiamento da fundação V. Kann Rasmussen, dos Estados Unidos, para explorar a sinalização elétrica de fungos e micorrizas. Nós já começamos este trabalho que promete bastante!
Também tive a oportunidade de falar um pouco sobre a pesquisa com a atenção das plantas, um fenômeno eletrofisiológico intrigante que estamos investigando com o time do LACEV, na Universidade Federal de Pelotas, e também sobre a hipótese da cognição estendida das plantas, o fio condutor do meu doutorado aqui na Universidade de Reading. Felizmente, algumas dessas palestras foram onlaine e estão disponíveis no YouTube.
A primeira foi feita em maio, quando compartilhei o palco digital com Isis Brook para falar sobre, justamente, o fenômeno da atenção nas plantas. Nós participamos de um seminário virtual do projeto Gifts from the Sentient Forest, organizados por Francis Joy e John C. Ryan Fundação Kone, a Universidade da Lapônia (ambas na Finlândia) e a Universidade do Cruzeiro do Sul (da Austrália). O linque para este vídeo pode ser encontrado abaixo:
Depois, mais para o fim do ano, tive uma conversa muito interessante com o Prof. César Marín, da Universidade de Santo Tomás (Chile), sobre justamente a cognição estendida das plantas. Essa conversa foi gravada para o canal do YouTube da Rede Sul-Americana de Pesquisa em Micorrizas, What we are reading. O linque para esse vídeo também está abaixo:
Infelizmente, ambos os vídeos estão em inglês, mas o último tem legendas em espanhol.
Então, junto esses dois vídeos neste post para salvá-los em um único lugar, ficando mais fácil para quem tiver interesse no assunto encontrá-los. Acho que o estudo da inteligência (ou, o termo que prefiro, cognição) na natureza é muito importante para tentar compreender até que ponto este fenômeno está presente no mundo natural. Além disso, ele pode nos ajudar a compreender formas diferentes de cognição e inteligência. Não só a nossa, mas também a de outras formas de vida que eventualmente encontremos noutros planetas. Também gosto de pensar nas implicações éticas que esse tipo de estudo terá no futuro. Porém, precisamos estudar mais, e é isso que farei neste ano. Espero trazer novidades por aqui em breve.
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